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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Biografia de AC DC



Início dos anos 70. Malcolm, um garoto espinhento com mais ou menos 20 anos, chegou de cara amarrada em casa. Havia acabado de brigar com o guitarrista de sua banda. Mas seu irmão mais novo parecia ter problemas maiores.
Malcolm se aproximou do irmão, que estava emputecido no sofá, e descobriu que a banda de Angus, a Tantrun, tinha terminado naquela manhã. E o que poderia ter sido simplesmente um péssimo dia pros irmãos Young, se transformou no nascimento de uma das maiores bandas que o mundo já conheceu: o AC/DC.
Malcolm e Angus Young são de Glasgow, Escócia. Mas a família se mudou pra Sydney, Austrália, quando eles ainda eram crianças. E foi em Sydney que eles conheceram outro escocês ainda mais “doente” que eles: Ronald Belford Scott.
Bon Scott tinha uma banda chamada Valentines. Mas abriu mão dela pra dirigir o caminhão que transportava o AC/DC. Na verdade, ele estava só esperando uma escorregada do vocalista, Dave Evans, pra assumir os microfones da banda. O que não demorou muito pra acontecer.
Com Malcolm e Angus nas guitarras, Bon Scott nos vocais e mais Phill Rudd na bateria e Mark Evans no baixo, o AC/DC gravou seus primeiros trabalhos e se saiu muito bem.
Vale conferir algumas faixas desta fase, como “Can I Sit Next To You Girl”, “High Voltage”, “She’s Got Balls”, “Dirty Deeds Done Dirt Cheap”, “Whole Lotta Rosie”, “Sin City”, “The Jack”, “Problem Child”...
A passagem dos anos 70 para os anos 80 foi crucial na trajetória da banda: em 1979, foi lançado um dos discos mais queridos pelos fãs até hoje: “Highway to Hell”. Em 1980, o AC/DC perdeu o vocalista Bon Scott, que morreu depois de beber uma quantidade industrial de álcool.
Incentivados a seguir em frente, Angus e Malcolm recrutaram o vocalista da banda Geordie, Brian Johnson. E, em homenagem a Bon Scott, o AC/DC gravou seu disco mais vendido de todos os tempos: “Back In Black”.
Bon Scott sempre foi “a cara” do AC/DC. Mas Brian Johnson soube garimpar o seu espaço e hoje é tão querido pelos fãs quanto Bon Scott havia sido nos anos 70.
Desta fase, vale conferir “For Those About To Rock (We Salute You)”, “Big Gun”, “Ballbreaker”, “Heatseeker”, “That´s The Way I Wanna Rock And Roll”, “Moneytalks”, “Thunderstruck”, “The Razor´s Edge” e, claro, o último disco, “Black Ice”, de 2008.
Lá se foram 35 anos desde o lançamento do primeiro disco. Só Angus, Malcolm e companhia sabem o quanto é longo o caminho até o topo... Se você quer rock and roll, claro! E o que é mais difícil: sempre fiel às raízes. Dos três, quatro acordes básicos que alguns críticos chatos insistem em inferiorizar, até o uniforme de colegial do “Petit” Angus, que todo fã de verdade do AC/DC adora.
BIOGRAFIA INDIVIDUAL
Malcolm e Angus Young
Malcolm Young e Angus McKinnon Young nasceram em Glasgow, Escócia, em 1953 e 1955, respectivamente. Mas em 1963, os pais resolveram se mudar para a Austrália. Os dois são os filhos mais novos de uma prole de oito, todos com algum talento para a música.
Steve Young, o primogênito, tocava acordeom. John Young tocou guitarra, mas passou longe da fama. Em meados dos anos 60, Alex Young conseguiu algum sucesso na Austrália com uma banda chamada Grapefruit. E George Young conseguiu sucesso maior com a banda Easybeats.
George Young deu aulas de guitarra para os irmãos. E mais tarde, produziu diversos discos do AC/DC, incluindo o penúltimo, “Stiff Upper Lip”.
A irmã Margaret Young, embora nunca tenha tocado nenhum instrumento, deu à banda duas importantes contribuições: o nome (afinal, era dela a máquina de costura em que Angus e Malcolm viram a sigla AC/DC grafada) e um bom conselho a Angus, para que ele usasse sempre o terninho de colegial nas apresentações do AC/DC.
Antes do terninho, Angus, que tentava criar uma “persona” para os palcos, se transvestiu de Homem-Aranha, Zorro, Gorila e de uma paródia do Superman chamada Super-Ang.
Embora ofuscado pelo carisma e performances do irmão caçula, Malcolm é o líder do AC/DC e responsável por grande parte das composições da banda.
Bon Scott
Assim como Malcolm e Angus, Ronald Belford Scott também nasceu na Escócia e se mudou para a Austrália ainda jovem. Bon Scott tocava bateria. Integrou diversas bandas antes do AC/DC, como a The Valentines.
Mas seu desejo sempre foi assumir os vocais de uma “big band”. O motivo? Nas palavras do próprio Bon: “o vocalista pega muito mais mulher que o baterista”.
Antes, porém, de assumir os vocais, Bon Scott trabalhou como motorista do AC/DC. A banda ainda não tinha a fama de hoje, mas já começava a despontar em alguns clubes australianos.
E foi num desses shows, reza a lenda, que Dave Evans, até então frontman do AC/DC, deu o cano ou recusou-se a entrar no palco. Era a chance de Bon Scott que, depois de virar algumas doses de whisky com Angus e Malcolm, entrou e tomou o emprego do antigo vocalista.
De 1974 a 1980, O estilo desregrado, beberrão e mulherengo de Bon Scott estampou a imagem e a personalidade do AC/DC para o mundo. Até sua morte, devido à ingestão de uma grande quantidade de bebida.
Brian Johnson
Brian Johnson nasceu na cidade de Dunston, na Inglaterra, em 1947 e assumiu os vocais do AC/DC em 1980, quando Bon Scott morreu.
A parte surreal dessa história é que, quem escolheu Brian Johnson para substituir Bon Scott... Foi o próprio Bon Scott. Ele certa vez assistiu à apresentação da banda Geordie, da qual Brian era vocalista, junto com Malcolm Young, e disse qualquer coisa como “se algum dia eu não estiver mais nos vocais do AC/DC, é esse cara quem tem que estar.”
E a profecia se realizou. O disco “debut” de Brian Johnson no AC/DC é simplesmente o mais vendido da história da banda: Back In Black (mais de 40 milhões de cópias).
Além de grande vocalista, Brian é também um grande jogador de golfe, tendo sido considerado um dos melhores rockstars golfistas do mundo (junto a outras personalidades, como Alice Cooper, Dave Murray e Nicko McBrain, os dois últimos do Iron Maiden.
Brian também é muito fã de carros. Já ganhou diversas “celebrity races” (corridas em que só celebridades participam) pilotando sua Lotus.
Com mais de 50 anos de idade, Brian já disse que não tem o mesmo pique de antes e, não estranhem, fãs, se ele realmente cumprir sua promessa de deixar a banda logo após a “Black Ice World Tour”.
A questão é: e o resto da banda? Será que continua? Será que Brian Johnson também tem alguém tão bom para indicar? Só o tempo dirá.
Phil Rudd
Embora seja considerada uma banda australiana, todos os nomes do AC/DC são do Reino Unido. Phil Rudd, o baterista, é a exceção à regra. Ele nasceu em Melbourne, Austrália, em 1955.
Phillip Hugh Norman Rudd é dono de um temperamento difícil. Mas, agora, no auge de seus 55 anos, parece estar mais tranquilo. Tem uma casa na Nova Zelândia, onde “se esconde” na entressafra de shows.
Rudd é o baterista da formação original do AC/DC. Mas deixou a banda no início dos anos 80, durante as gravações do disco “Flick Of The Switch”. Foi um dos integrantes que mais se abalou com a morte de Bon Scott, em 1980. Nunca aceitou bem a fatalidade e isso afetou sua relação com os outros integrantes.
Quem o substituiu foi Simon Wright, que depois viria a ser baterista do Dio.
Por outro lado, como também é o baterista que mais se encaixou no estilo da banda durante toda a trajetória do AC/DC, foi convidado a retornar durante a turnê do disco “The Razor’s Edge”, no início dos anos 90. E é até hoje o dono das baquetas do AC/DC.
Cliff Williams
Quando Malcolm Young, Angus e Bon Scott demitiram o baixista Mark Evans (já era o segundo “Evans” que perdia o emprego no AC/DC, o primeiro que “rodou” foi o vocalista Dave Evans), chamaram Clifford Williams para substituí-lo.
Cliff Williams nasceu em Romford, na Inglaterra, em 1949. Até a entrada de Brian Johnson, era o mais ancião dos integrantes do AC/DC.
Sua primeira banda, Home, tem no currículo dois discos gravados e a abertura de um show do Led Zeppelin em Londres. Sua primeira aparição no AC/DC aconteceu durante a Let There Be Rock Tour e seu “debut” em estúdio foi “Powerage”.
Já o próprio Cliff tem no currículo uma filha que, dependendo da idade e/ou do interesse do ilustre internauta por AC/DC, talvez seja até mais familiar que o próprio baixista: a modelo e atriz Erin Lucas.
Erin Lucas  (pseudônimo de Erin Williams) participou do reality show “The City” produzido pela versão gringa desta também ilustre emissora.

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